2 de jun. de 2010

Dia do Meio Ambiente será comemorado com caminhada ao Morro do Cruzeiro

Neste sábado, 05/06, em comemoração ao dia Mundial do Meio Ambiente, ocorrerá a 6ª caminhada ao Morro do Cruzeiro, para a criação de uma APA no local. Junto será realizada uma missa ecológica com a presença do cardeal de São Paulo Dom Odilo Scherer. Nosso ponto de encontro será na creche da Santa Rita de Cássia (R. Dom Matheus de Abreu Pereira, 579 – Jd. Santo André).

Na Assembléia Legislativa, Adriano Diogo apresentou uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do Estado de São Paulo de 2006 para a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) Cabeceiras do Aricanduva-Itaquera.

Nascentes do Rio Aricanduva

O Morro do Cruzeiro está localizado no extremo leste da cidade, exatamente na divisa de São Paulo com Mauá. É uma das poucas áreas verdes da região, de grande valor ambiental para o município de São Paulo.

Como seu território abriga uma grande quantidade de nascentes, o Morro do Cruzeiro tem importância estratégica para o meio ambiente paulistano. Aqui estão situadas as cabeceiras dos Córregos dos Cochos e Caguaçu, que formam o Rio Aricanduva, e as nascentes do Córrego Serraria, que pertence à bacia do Rio Tamanduateí. Para preservar essa região da expansão urbana é fundamental criar a APA”, afirma o deputado Adriano Diogo, que foi secretário do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo (2003-2004).

Fauna e flora ameaçada

Exemplares de vegetação nativa como Passuaré, Aroeira, Embaúba e Gapuruvu compõem, juntamente com os campos, a paisagem do Morro do Cruzeiro. Áreas reflorestadas com Eucaliptos também são observadas no local.

Quanto à fauna, é possível avistar várias espécies de pássaros e borboletas. Veados, cobras e lagartos também já foram observados no local por moradores da região.

Como o Morro do Cruzeiro está localizado próximo a dois distritos densamente povoados da região de São Mateus, São Rafael e Iguatemi, sua preservação é ameaçada pela contínua expansão dos loteamentos irregulares.

Morador da região há 20 anos, Éder Rodrigues de Souza, que se mudou para a região ainda criança, conta que nos últimos oito anos a área que margeia o Morro sofreu um forte adensamento populacional, causando muitos danos ao meio ambiente. Lixões a céu aberto e ligações clandestinas de esgoto são apenas alguns exemplos da deterioração trazida pela ocupação desordenada. “Meu pai sempre lutou para conservar o Morro e muitas vezes não encontrávamos ajuda, fiquei feliz ao saber da criação da APA, que será importante para preservação da região.”

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